O Romantismo foi e continua sendo uma explosão sentimentalista social, surgido nas últimas décadas do século XVIII, na Europa. Época em que os autores retratavam-se por meio de drama humano, amores trágicos, entre outros. E que ao alívio de obrigações desagradáveis recorriam a imaginações. Entretanto, diante dessas características, as quais relacionam ao 3º momento em Portugal e 3ª Geração no Brasil, citamos, abaixo, fragmentos de poemas onde os autores buscavam, na expressão dos sentimentos, a grandiosidade poética.
[...] Abraços, abraços,
Que mal nos farão?
Se Deus me deu braços,
Foi essa a razão:
Um dia que o alto
Me vinha abraçar,
Fiquei-lhe de salto
Suspensa no ar.
Vivendo e gozando,
Que a morte é fatal,
E a rosa em murchando
Não vale um real:
Eu sou muito Amada,
E há muito que sei
Que Deus não fez nada
Sem ser para quê. [...]
(João de Deus)
Teus olhos são negros, negros
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundas,
Como o negrume do mar,
Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando a flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.
[...]
[...]
Por isso eu te amo, querida,
Quer no prazer quer na dor...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.
(Castro Alves)
Esse abstrato, sentimentalista e emocional, surge, inicialmente, na Europa (séc. XVIII), mais precisamente na Alemanha e na Inglaterra, vindo manifestar, sobretudo, na literatura e na música. Ele só manifesta no Brasil anos depois, coincidindo com a Independência Política do Brasil, em 1822. Em se tratando dos fragmentos acima, nota-se que ambos os autores buscam a mesma essência sentimental e emocional. Em alguns trechos: E a rosa em murchando... (Deus) e Da vida boiando a flor... (Castro), observa-se que o sentimento amoroso é motivo para seus versos. No verso do poeta português um forte idealismo é pressuposto pelo amor. Enquanto que nos versos do poeta baiano exprimi os seus desejos e os encantos da mulher amada. O estilo linguístico de João de Deus é considerada sóbria, fluída e límpida. Os versos do poeta brasileiro são sugestivos e estilisticamente utiliza quase todas as figuras de linguagem, como: Metáfora, Comparação, Hipérbole, Assonância, Apóstrofe. Alves faz comparação da natureza com a vida social. Sem fugir ainda, do tradicional que é o amor romântico, exagerado, envolvente, existe ainda o erotismo – preferindo a noite e não o dia, pois nas trevas pulsam, palpitam as forças inconscientes da alma. Castro tem um lírico ascendente cujo final é uma explosão dos seus sentimentos.
Traços prosopográficos: Senhora (Aurélia)
a) “Os olhos grandes e rasgados...” Alencar, 1875, p. 10.
b) “Seus opulentos cabelos, colhidos na nuca por um diadema de opalas...” Alencar, 1875, p. 59
Traços etopéicos: Senhora (Aurélia)
a) “Era uma expressão fria, pausada, inflexível, que jaspeava sua beleza, dando-lhe quase a gelidez da estátua.” (Uma atitude friamente calculada) - Alencar, 1875, p...
b) Neste caso, em vez de matar a paciência e aborrecer-me com autos e contas, dou tudo por bem-feito.” (Não seria desesperada, mas com calma concordaria com a decisão do tutor). Alencar, 1875, p. 25.
Traços prosopográficos: Hermengarda
a) ... a tua imagem serena e luminosa... ó Hermengarda. - Pensamento de Eurico. Página 74. Parágrafo 1º. Verso 4º. Era de 749.
b) ... porque preferia um covil de feras... (Observa-se aqui um perfil de caráter decidido e firme). – O autor. Página 151. Topo. Verso 5º. 1842.
Traços etopéicos: Hermengarda
a) A ingratidão de Hermengarda,... – O autor. Página 51. Topo. Verso 13º. 1844.
b) A desgraçada tinha, de feito, enlouquecida. – O autor. Página 230. Parágrafo 8º. 1844.
Uma pequena contribuição,
Aser Amancio
Alessandra Glória
Elaine Cristina
Erica Bruno
Rodrigo Venceslau